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segunda-feira, 17 de julho de 2017

MEU AMIGO, O ACOSTAMENTO

 
Tem muita gente que se anima em ter uma moto antiga, ainda mais com esse monte de programa de televisão falando do assunto, achando que vai rodar tranquilo e feliz por ai. Pois bem, a vida real não é exatamente assim
 
 
 Sempre falo que moto antiga não é para ir, é para chegar!
Como assim? Simples, faz sucesso quando você chega da estrada em um evento, mas para chegar não é fácil e as fotos abaixo são um exemplo disso, mesma moto, duas viagens, dois acostamentos ...


Indo para o evento dos Lobos em Boiçucanga a 46 começa a falhar, como era intermitente logo pensei na elétrica, ainda rodando tirei o cachimbo da vela do cilindro traseiro e ela continuou igual, ou seja, cilindro traseiro parou.
Como sou prevenido sempre levo para a estrada, além de algumas ferramentas, um jogo de velas, um cabo de vela, uma bobina e um cabo de acelerador. peças que se pifam você fica na mão por besteira
Troquei a vela e a velhinha voltou a rodar como um relógio


Pouco mais de um mês depois, indo para Sorocada no Lucky Day  começa o mesmo problema, refiz o procedimento, tirei o cachimbo traseiro e, como da outra vez ,o cilindro traseiro estava "morto"
Parei no acostamento e inconformado por ter queimado outra vela tão rápido e ainda ouvindo as gracinhas que sou pão duro e devia comprar ao menos uma vela de sete dias, troquei a vela e tentei seguir viagem mas o problema persistiu, fui checar se o cabo de vela não estava mal conectado na bobina e tomei um tranco que doeu até o cotovelo, encostei novamente ( e o trem de oito motos junto...) e reparei que estava pulando fagulha do cabo de vela para a capa da bobina, troquei o cabo de vela e continuei viagem, foi e voltou como um relógio
 
Se quer ter uma moto antiga e rodar com ela, saiba que de vez em quando vai ficar no acostamento, só que se não tiver a mínima noção de mecânica e se não é precavido, vai voltar de plataforma várias vezes

ANDAR DE MOTO ANTIGA É UMA ARTE, QUEBRAR FAZ PARTE !
 

sexta-feira, 14 de julho de 2017

ATUALIZANDO A REFORMA

Para quem não acompanhou no Face, o projeto da WL para correr no Rodeo não deu tempo de terminar pois na verdade precisou ser tudo refeito...
O motor que teoricamente já estava feito, na verdade era um conjunto de gambiarras que sempre que acho que já vi de tudo aparece algo pior
Não vou me estender nos detalhes pois cada etapa do processo já foi explicada em postagens anteriores
 
 

Só para ilustrar, as pistas dos roletes da carcaça do foram feitas artesanalmente, ajustadas na esmerilhadeira e não tinham tratamento. E ainda completamente fora de medida

 
 Então já ganhou pistas novas originais de época (NOS) e revestimento das carcaças para dar uma "selada" e evitar infiltração do óleo pela porosidade do bloco
 
 
 As gaiolas estavam em bom estado e foram reaproveitadas, os roletes foram trocados por novos de primeira linha. Todos os espaçadores e travas novos pois haviam montado com arruelas fora de medida

 
 Já aproveitei para trocar o "sem fim" que fica na carcaça, do lado do pinhão, e que serve para diminuir o vazamento do óleo, por um retentor fabricado pela Colony exatamente para isso


 Ai começa a tradicional briga com as arruelas de encosto. Monta, mede, faz conta, desmonta, monta, mede...


 até acertar a arruela certa, ai foi engraxar um pouco, instalar os rolamentos e os espaçadores e fechar
 
 
E deixar a folga do end play na medida padrão de fábrica
 
 
Ai foi fazer o mesmo com os comandos, coloca as arruelas, fecha a tampa com a junta mede a folga, troca as arruelas...
Também coloquei uma tela de óleo nova
Sincronizei o comando e a bomba de óleo de retorno e fechei a tampa com os parafusos de fenda originais
Aqui vale uma ressalva, os parafusos desse motor tem um passe especial  com a rosca entre a NC e a NF e haviam montado com parafusos Allen com rosca NF, repassei todas as roscas com um macho que mandei fazer e remontei com os parafusos de fenda originais


Ai foi montar os pistões com anéis e travas novas
 
 
Os cilindros estavam com as camisas completamente fora de medidas a tal ponto que um deles precisou ser recamisado, agora estão com a folga de  fábrica
Tanto a retifica quanto o assentamento das válvulas (todas zero, NOS também) forma feitos por quem entende, pelo Roberto (Cascão)
Ai foi jatear e pintar com tinta para alta temperatura
 
 
Instalei os "cabeçotes" de alumínio com os parafusos e espaçadores específicos para eles e o carburador Linkert

Próxima atualização: o quadro !

sábado, 1 de julho de 2017

JURASSIC MACHINES PARTS

Dólar alto, correio funcionando mal e aduana funcionando bem...
Essa conjunção de fatores me levou a fazer um teste de iniciar a reprodução de algumas peças por aqui
 
 
 
A VL 1930 veio com o suporte T do banco adaptado e como apesar de funcional o aspecto era muito ruim, resolvi substituir
 
 
Tinha um que estava na JD 1928, desmontei e retirei a chapa (que forma o T) para usar como modelo 


 Levei para a fundição e alguns dias depois peguei a peça nova, pedi para deixar os canais e as rebarbas pois em um caso anterior eles quase "mataram" a peça retirando as rebarbas
 

 Depois foi só retirar os canais com o disco de corte. Na foto ainda estava com parte deles pois eu cortei inicialmente longe com medo de marcar a peça
 

Ai foi só partir para o flap disc
 

Agora é ajustar o paralelismo das conexões, furar, lixar, rebitar a chapa e montar



sábado, 10 de setembro de 2016

EMBREAGEM SUICIDA

Conseguem imaginar um acessório que as HDs de corrida e o servicar tem em comum?
 







O pedal de embreagem do tipo suicida ( a esquerda na foto) em vez do pedal tipo gangorra
Não custa nada relembrar, o acionamento da gangorra é invertido, aperta a moto anda, solta ela para, e tem um sistema de mola que mantém o pedal nas duas posições, já o pedal do tipo suicida funciona igual um de carro, ou seja, se a moto está engatada tem que ficar pisando no pedal, o que facilita muito os acidentes, dai o nome suicida
Não existe câmbio suicida, o câmbio é chamado de "na mão" ou jockey quando o acionamento é feito em uma alavanca direta no trambulador
 
 
 O pedal que veio na sucata era do tipo gangorra, mas do modelo errado para o ano da moto


Retirei a gangorra sem dó pois além de tudo estava fixa por parafusos e e não pelos rebites originais
Fiz a furação do eixo usando o pedal do servicar como modelo


Depois de torneado um eixo novo usando o do servicar como modelo, foi só instalar
Aqui um comparativo com a gangorra, essa sim seria a correta da década de 40

sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Mudança de planos numero 10.358

 
Sempre digo que quando começo um projeto eu tenho uma idéia na cabeça e o resultado final costuma ser outro, e aqui não esta sendo diferente...
Como sempre, sai fazendo uns experimentos...
 
Já havia testado com uma frente Springer I-beam da década de 30, os dois aros 21, banco solo e paralamas que a deixava com um aspecto meio speedway
 
 Então voltei para a frente Springer original da década de 40, mantive o aro dianteiro 21 mas troquei o traseiro por 16


 Fiz um teste mantendo essa configuração, mas com paralamas o traseiro e um banco de shovel que sobrou aqui. Essa configuração com certeza não me agradou


Eis que no meio do caminho me aparece um evento para mudar novamente o projeto...
Trata-se do Rodeo, evento de corrida em pista de terra que será realizado em Sorocaba pelo pessoal da Lucky Friends


 
E lá vou eu então mudar o projeto para usar essa moto no evento, para isso precisaria de um pneu para terra e aumentado o vão livre do solo. Comprei um pneu de Trial feito pela Pirelli para exportação, usado mas em bom estado, medida 18 X 4.0
Ai foi caçar um aro 18 original 40 furos e montar para testar
 
 
Substitui o aro 21 da dianteira por um 19 com um pneu mais alto, o que deu o mesmo diâmetro externo mas deve dar um desempenho melhor na terra por absorver melhor os impactos


Os dois primeiros passos já foram dados, pneu de off road e vão livre maior !
Agora é correr que o tempo é curto, 30 dias !

domingo, 31 de julho de 2016

PROJETOS PNT TT 2016

Quando começo um projeto eu nunca sei exatamente como vai terminar, se vai acabar original ou com customização de época, se vai ser brilhante ou fosco, com preto ou cromado, muita cor já mudou no meio do processo...
Nesse caso não foi diferente, começou com uma configuração e vai acabar com outra, porém mantendo o estilo de corrida do projeto inicial e sempre pensando em utiliza-la no Pé na Tábua TT



O projeto caiçara 45 já uma mudança de rumo do Flatstein, sobre o qual fiz uma postagem anterior
Havia abandonado esse projeto, desmontado e encaixotado tudo


Estava tudo certo para retomar o projeto como uma moto de corrida de areia/terra com pneus de cravo e eis que foi marcada a data do PNT-TT 2016, imediatamente pensei em algum projeto novo para levar para lá e a Caiçara 45" vai mudar de projeto novamente...


Volta a ideia muito antiga que tenho de fazer uma WR, na realidade quando adquiri o caixote de peças da WLA era exatamente para fazer uma dessas mas ao ver o numero do motor militar não tive coragem e parti para a aventura sem sentido de reforma-la como deveria ser


Voltei aos caixotes e comecei a juntar tudo para ver no que dava, falta muita coisa para os 3 meses que faltam para o evento mas vou ao menos tentar


Como o tempo é curto e ter um dead line sempre me faz produzir mais, resolvi tocar dois projetos
A VL 30 está mais completa porém veio com o motor travado e assim ficou
Vamos ver se saem as duas, uma ou nenhuma


quinta-feira, 21 de julho de 2016

CAIÇARA 45"



 
 
O projeto ao qual vou me dedicar agora merece uma explicação para que faça sentido e se entenda as referências que levaram a ele, portanto essa primeira postagem será meramente introdutória
Vou iniciar repetindo uma foto da postagem anterior, trata-se de uma moto de Hill climb, ou seja, de corrida de subida de montanha
Essas corridas se iniciaram  na década de 20 e em alguns lugares são populares até hoje
Nessa imagem notam-se algumas características bem marcantes como o tanque pequeno por tratar-se de corridas curtas e portanto necessitar de pouca autonomia ( e tem gente que acha que tanque peanuts é coisa de customização moderna...)



Traseira alongada para mudar o centro de gravidade da moto, pneus com corrente para melhorar a aderência, coroa grande para maior torque
Aqui nota-se o reforço na traseira da moto na forma de uma terceira barra, existem versões "caseiras" desses quadros e versões originais que são extremamente raras e caras
Nesse link tem algumas informações a mais sobre esses quadros  http://victorylibrary.com/tech/45-frame-mod-c.htm


Essa moto usa uma frente I-beam da década de 30 com um ride control para deixa-la mais dura


O motor é uma obra de arte a parte, parece um flathead 45" com cabeçote inspirado nos eight-valves transformando-o em um OHV (over head valve)
A tampa do comando parece com a das WR (45" de corrida) com a parte frontal com uma abertura para que se possa regular o ponto do magneto
 
 
Magneto esse que vai deitado no lugar onde originalmente vai o dínamo ...
 
Além das corridas de subida de montanha existem também as corridas de "dirt track" realizadas em pistas ovais de terra

Outras são as corridas de praia, uma que muitos irão lembrar-se é a do Burt Monroe imortalizada no filme The World's Fastest Indian
 
Essas corridas de areia tem sido revividas como por exemplo a The Race of Gentlemen realizada pelos Oilers Car Club em New Jersey 
Vale a pena gastar um tempinho assistindo o vídeo abaixo
 
 
 
E logicamente aqui em terras Tupiniquins com seu amplo litoral já tem um monte de malucos se coçando para fazer o mesmo. Entre esses malucos incluo-me !

Esse projeto será portanto de uma moto para corrida em areia no qual irei incorporar algumas referências de Hill Climb

Objetivo chegar em algo próximo a essa moto da foto abaixo, principalmente pelo fato de que a base que usarei será a mesma, uma flathead 45"
Vou tentar me conter e montar a moto sem acabamento estético algum para não ter dó de meter na areia
Vamos ver o que sai...

Próxima postagem apresento a sucata da Caiçara 45" ...


domingo, 17 de julho de 2016

RHINEBACK II - AS MOTOS

A próxima postagem já será sobre as reformas, tenho uns projetos "estranhos" em andamento

Mas nessa ainda vai um pouco mais do evento
Algumas motos só expostas, outras a venda, várias rodando de um lado para o outro
De chorar...
A melhor deixei por ultimo !
Clique no mais informações no final da postagem que tem muuito mais fotos lá !






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